Quando era apenas uma menina, a vida era cheia de sonhos, princípes encantados e fadas, bonecas e gelados... Tudo era risonho, não havia "impossibilidades" e sentia o mundo na palma da mão...
Não posso dizer que hoje não sinto a mesma alegria quando sinto a textura aveludada dos cabelos das bonecas de outrora, não posso dizer que não tenho sonhos, tal como não posso afirmar que os princípes encantados não existem, porém nem tudo é tão cor-de-rosa, nem tão infantil e simples como poderia desejar... Às vezes porque não dá jeito, outras vezes porque não quero, outras porque a sorte não acordou de braços dados comigo...
Senti o toque quente da tua mão, senti os teus olhos cravados nos meus e senti também que neles me podia perder ao infinito, num caleidoscópio sem fim, onde se repetem imagens e imagens... azul, verde, água, sonho, ilusão, infinito, felicidade...
E hoje ao olhar o mar, as nuvens, as montanhas, os rios, as árvores, tudo me recorda essa paixão de olhar... Permito-me ao delírio de pensar naquilo que temos para dizer e ainda não dissémos, naquilo que temos para viver e ainda não vivemos... e deixo-me cair exausta na relva na esperança que possas aparecer, estender-me a mão e levar-me no silêncio da noite...
Deixa-me ser novamente a criança que embalas nos braços, deixa-me acreditar que o mundo é feito de algodão doce, que não existem bichos papões e que se existirem tu vais estar lá para me proteger!
Da criança que ainda gosta de brincar com bonecas...
Naaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao!!!
ResponderEliminarEu gosto muito de ti mas não vou ler isto hoje... pra depressão, já basta amanhã!