quinta-feira, 14 de maio de 2009

Distúrbios de uma louca (part 1)


Riscava furiosamente os papéis, uns atrás dos outros, tinta negra para definitivamente apagar o que fora escrito sem alma, sem sonhos, sem vontade. Negra, tão negra como a minha alma, as profundezas do meu ser, no delinear de um sorriso que eu não conhecia, que se rasgava na face, um sorriso, um misto de dor e esquizofrenia em mim. Nunca antes sorrira assim, com tanta vontade e tanta maldade.
Mas os riscos não pararam, a mão pequena e tensa tornou desconcertante o pedaço de papel que cedia a pouco e pouco, ao passo que o meu ser se dilacerava com ele.
Denoto um certo masoquismo, uma certa vontade e gozo de me perder, de cortar e desfazer o papel em pedaços, e eu? Oh frágil boneca de porcelana... Que vales tu? Desprovida de alma, desprovida de querer, de sonhar e viver. Um simples acidente e num colidir de segundos, pedaços do que foram uma alma, bocados de sonhos, vontades perdidas no tempo e uma vida que agora conhecia a morte. Também eu sou papel.
To be continued (...or not)

3 comentários:

  1. wooooow brutaaal!
    mas tou a ficar com medo de ti :x
    continua continua xP tens jeito : D

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  2. dilacerar? maldade? desconcertante? MASOQUISMO (nunca me enganaste)? morte? Vamos lá ver se começas a escrever coisas mais cor-de-rosa! Mas andas com problemas? Podes contar comigo, querida! :X

    MUAHAHA

    Acho bem que escrevas, mas escreve docemente, sem magoar o papel que não tem culpa nenhuma!

    JE T'AIME!

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  3. Clap Clap Clap...sim senhora e tal.
    Não sei que mais dizer, a não ser continua assim, está muito bem escrito, embora o misto de sentimentos entre o texto e os comentários ao vivo da autora, causem uma certa complexidade paradoxal de entendimento.
    Para quando um post mais doce, mais similar com a tua personalidade primária?
    Beijinhos.

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