tag:blogger.com,1999:blog-21715129534452398812024-03-12T23:26:51.018+00:00In the Silence of NightChibiusahttp://www.blogger.com/profile/06350099448983853200noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-2171512953445239881.post-58510751446521062802010-12-01T21:36:00.002+00:002010-12-01T21:59:19.004+00:00Ausência...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_8P89yZ_fqu8/TPbFLz5QptI/AAAAAAAAAD0/X6zNF0cEfNY/s1600/blood_rose.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 228px; height: 320px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_8P89yZ_fqu8/TPbFLz5QptI/AAAAAAAAAD0/X6zNF0cEfNY/s320/blood_rose.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5545836797852952274" border="0" /></a><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;">A ausência é tudo o que tenho, tudo o que me deixaste, nem o sonho, sequer réstias de memória. É uma bênção a capacidade de abstracção da mente humana.<br />A convicta e mesmo frágil sensação que guardamos na mente, o que deve ser guardado e recalcamos o que tem de ser apagado por aquilo a que cientificamente chamamos cérebro, e aquilo que o senso comum denomina pensamento.<br />Foste arremessado rapidamente para o fundo do icebergue, o que ficou submerso, de tal forma que mal consigo recordar aqueles momentos.<br />Recordo locais, tempos, palavras, nunca o toque, que me fazia vibrar, nunca o cheiro que me estonteava a alma, nunca o beijo que me dava acesso directo ao que Adão e Eva conheciam como paraíso.<br />No fundo todas essas memórias me deixavam inerte, apática e com um sentimento de vazio que me apertava o peito sem dó nem compaixão, quase num acto de puro masoquismo.<br />Hoje conquistei a admiração dos outros por mim mesma. E como é possível? Conquistei também o despeito por mim própria.<br />Sou uma rocha gigante, que rasga o mar, imóvel, forte, fria e inalcançável. Também sei que a onda vai e vem, mas que a rocha promete persistência e acima de tudo força e dureza.<br />No entanto, tudo o que parece indestrutível também vai corroendo. Sou rocha rija e áspera que no fundo sabe que vai ser destruída lenta e dolorosamente.<br />Os olhos alheios admiram e aplaudem entusiastas a dureza de um guerreiro, a sua força e acima de tudo o seu poder, porém negam a possibilidade de o ver prostrado de joelhos por terra, cansado, angustiado e desolado com o seu triste fado.<br />O que fazer quando a rocha quer ser corroída e o cavaleiro quer cair por terra? Dor, apenas para sentir dor. O que nos magoa mostra-nos sempre que estamos vivos, que ainda sentimos, e que não somos monstros ou máquinas que não tremem perante os que nos rodeiam. Não existem rochas frias, e muito menos guerreiros invenciveis.<br />Deus não criou o mundo para os fortes, mas para todos os seres desta comum raça mortal.<br /><br />Sentir, sentir, sentir... Alegria, tristeza, amor, compaixão, dor, saudade, amizade, angústia.<br /><br />Sentir tudo o que da alma seja! É preciso sentir!<br /><br /></span></span>Chibiusahttp://www.blogger.com/profile/06350099448983853200noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2171512953445239881.post-81984311289188608682010-07-13T20:43:00.005+01:002010-07-13T23:17:06.719+01:00When I was young...<a href="http://1.bp.blogspot.com/_8P89yZ_fqu8/TDzIF5bnZ2I/AAAAAAAAADk/_CzWY5Q461w/s1600/A-litte-child-plays-with--002.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 192px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5493485649126713186" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_8P89yZ_fqu8/TDzIF5bnZ2I/AAAAAAAAADk/_CzWY5Q461w/s320/A-litte-child-plays-with--002.jpg" /></a><br /><div>Quando era apenas uma menina, a vida era cheia de sonhos, princípes encantados e fadas, bonecas e gelados... Tudo era risonho, não havia "impossibilidades" e sentia o mundo na palma da mão... </div><br /><div>Não posso dizer que hoje não sinto a mesma alegria quando sinto a textura aveludada dos cabelos das bonecas de outrora, não posso dizer que não tenho sonhos, tal como não posso afirmar que os princípes encantados não existem, porém nem tudo é tão cor-de-rosa, nem tão infantil e simples como poderia desejar... Às vezes porque não dá jeito, outras vezes porque não quero, outras porque a sorte não acordou de braços dados comigo...</div><br /><div>Senti o toque quente da tua mão, senti os teus olhos cravados nos meus e senti também que neles me podia perder ao infinito, num caleidoscópio sem fim, onde se repetem imagens e imagens... azul, verde, água, sonho, ilusão, infinito, felicidade... </div><br /><div>E hoje ao olhar o mar, as nuvens, as montanhas, os rios, as árvores, tudo me recorda essa paixão de olhar... Permito-me ao delírio de pensar naquilo que temos para dizer e ainda não dissémos, naquilo que temos para viver e ainda não vivemos... e deixo-me cair exausta na relva na esperança que possas aparecer, estender-me a mão e levar-me no silêncio da noite... </div><div>Deixa-me ser novamente a criança que embalas nos braços, deixa-me acreditar que o mundo é feito de algodão doce, que não existem bichos papões e que se existirem tu vais estar lá para me proteger!<br /></div><br /><div></div><br /><div>Da criança que ainda gosta de brincar com bonecas...</div><br /><div></div>Chibiusahttp://www.blogger.com/profile/06350099448983853200noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2171512953445239881.post-25688058774037613042010-05-09T01:25:00.002+01:002010-05-09T02:37:50.759+01:00E já lá vão 12 anos...<a href="http://4.bp.blogspot.com/_8P89yZ_fqu8/S-YR4TveH-I/AAAAAAAAADc/A6xx-BbMJOY/s1600/banco.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5469078456557772770" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 214px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_8P89yZ_fqu8/S-YR4TveH-I/AAAAAAAAADc/A6xx-BbMJOY/s320/banco.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">E já lá vão quase 12 anos desde a última vez que te vi, desde a última vez que segurei a tua mão... </span></div><br /><div align="justify"><br /><span style="font-family:verdana;">Recordo cada momento do fim e dói, dói muito. Quem se lembra de te ver brincar comigo no jardim, e quem se lembra de nos ver passear pela Graça, apresentares-me todos os teus amigos e desfazeres-te em elogios sobre a minha pessoa... e ao fim da tarde as palavras cruzadas que eram uma rotina obrigatória contigo! E lembrar depois o que mais custou, ver-te numa cama de hospital, completamente dependente das máquinas e já quase inconsciente a chamar por mim. Ou pior? Ouvir aquelas palavras duras que me gelaram a alma, porque o teu tempo estava a chegar ao fim...</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Em apenas 2 anos a morte deixou de dar tréguas...</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Como é que nos deixaste assim? Ainda tinhamos tanto para viver, tinhamos tanto para conversar, sim, porque isso era o melhor do mundo, conversar contigo, aprender com a tua sabedoria e saber que aos teus olhos eu tinha valor! </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Roubaram-nos tantos momentos, nem sabes o quanto gostava que estivesses presente. Porque fechaste os olhos para sempre, quando eu sei que ainda querias lutar para estar comigo e connosco?? </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Expectativas para mim? Eram muitas e eu sei... Desde sempre, no meu intímo, prometi nunca te desiludir, e embora tenha dado o meu melhor, sei que já infringi esta promessa... mas às vezes é tão difícil! </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Depositaste em mim uma confiança para cuidar dos que me rodeiam e eu sei qual é o meu papel, mas infelizmente não consigo fazer melhor, não consigo estar à altura do que tu ambicionavas e esperavas de mim. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Acredito que foste dotado de um dom inato de manter as coisas no lugar certo, e a capacidade de colocar um sorriso nos rostos dos que te rodeavam, porém eu não herdei esse dom e agora... está tudo virado do avesso. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Com muitas saudades do tempo em que me sentava ao teu colo e sabia que ninguém me podia fazer mal... </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Adoro-te para sempre</span></div>Chibiusahttp://www.blogger.com/profile/06350099448983853200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2171512953445239881.post-4237477291516105252010-02-11T01:00:00.003+00:002010-02-11T01:18:22.717+00:00Um passo de gigante dado por uma formiga!Bem, já que nunca fiz do blog uma página de diário, considere-se hoje como tal... Pois, considero ter dado o passo decisivo, o passo da mudança! Não alcancei nada e ao mesmo tempo alcancei tudo! Porque hoje foi simplesmente um dia bom, que terminou melhor ainda e que me deixou com aquela sensação de saber a pouco...<br />Porque há pessoas que nos fazem renascer das trevas e eu sinto-me assim... a renascer... outra vez... :) o resto? Não interessa, nada interessa, quando já há muitos meses não ria com tanta vontade, com tanta paixão!<br />Só posso agradecer à pessoa que me acompanhou esta noite, que certamente nunca vai ler este texto, mas a quem ficarei eternamente grata, por me ter tirado do total estado anestésico em que me encontro há mais de um ano! :) Alguém que não sabe o bem que faz aos outros, somente com a sua presença!<br />Perdoem-me o desabafo mas hoje tinha de exprimir o meu sentimento de total alegria e harmonia!Chibiusahttp://www.blogger.com/profile/06350099448983853200noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2171512953445239881.post-18605776384407172702010-02-06T02:39:00.002+00:002010-02-06T02:58:18.579+00:00Psicólogos... uma raça do diabo!<a href="http://1.bp.blogspot.com/_8P89yZ_fqu8/S2zaroOUMhI/AAAAAAAAADU/LfOAmNdmu_U/s1600-h/State_of_Mind.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5434959293396038162" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 225px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_8P89yZ_fqu8/S2zaroOUMhI/AAAAAAAAADU/LfOAmNdmu_U/s320/State_of_Mind.jpg" border="0" /></a><br /><div><span style="font-family:verdana;">Hum... sinceramente, nunca tive nada contra psicólogos, bem pelo contrário, sempre considerei a psicologia um dos ramos mais interessantes, desde a clínica à educacional. </span></div><br /><div><span style="font-family:Verdana;"></span></div><br /><div><span style="font-family:verdana;">Uma área que sempre gostei de estudar e saber mais, entusiasma-me conhecer o poder e as fragilidades da mente humana e quando penso que as capacidades desta são ainda tão pouco exploradas, ainda mais entusiasta me torno... </span><span style="font-family:verdana;">porém não posso deixar de manifestar o meu descontentamento perante essa raça do diabo, que são os psicólogos!</span></div><br /><div><span style="font-family:Verdana;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Verdana;">Como diz o meu próprio professor de psicologia, cada um de nós tem um psicologo dentro de si, uns mais que outros, ainda que sem formação específica para tal! Sou obrigada a concordar que um psicólogo é detentor de conhecimentos superiores em relação ao mais comum dos mortais nesta área, no entanto não consigo compreender este tipo de ajuda, que é praticada em grande parte dos casos, a troco de dinheiro! </span></div><br /><div><span style="font-family:Verdana;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Verdana;">Evidentemente, há casos algo graves, que necessitam de um acompanhamento mais próximo, e mais específico, mas há também os que por alguma razão na vida não foram tão abonados pela sorte e apenas precisam de uma palavra amiga, de um conselho! Amizade à cobrança? De facto, faz-me confusão!</span></div><br /><div><span style="font-family:Verdana;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Verdana;">Já para não falar que numa dúzia de psicólogos que conheço, todos eles apresentam o mesmo perfil e o mesmo olhar! Sinto-me indignada!</span></div><br /><div><span style="font-family:Verdana;">Conseguem imaginar o quão inconveniente é estar numa aula de psicologia e sentir os olhos do professor cravados nos vossos por longos momentos silenciosos, inclinar a cabeça para o lado, franzir o sobrolho e com um sorriso maléfico de quem vos está a perscrutar a alma, perguntar "A menina tem duvidas?" Ora santa paciência... Dei por mim a tremer o lábio inferior com medo que ele estivesse realmente a ler algo de indigno na minha pessoa...</span></div><br /><div><span style="font-family:Verdana;">Se calhar é por isso que nunca precisei de psicologos, sempre detestei sentir olhos intrometidos a trespassarem os meus! </span></div><br /><div><span style="font-family:Verdana;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Verdana;">Pensem duas vezes, antes de recorrer a um psicólogo, às vezes só precisamos mesmo de um amigo... e de um abraço...</span> </div>Chibiusahttp://www.blogger.com/profile/06350099448983853200noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2171512953445239881.post-69735947480806396612009-06-21T05:06:00.005+01:002009-06-21T05:35:24.058+01:00Just a stupid cold soul...<a href="http://4.bp.blogspot.com/_8P89yZ_fqu8/Sj22v4shSPI/AAAAAAAAACI/efcIFB-tmZI/s1600-h/certeza1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5349632866175240434" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 247px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_8P89yZ_fqu8/Sj22v4shSPI/AAAAAAAAACI/efcIFB-tmZI/s320/certeza1.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">A frieza. Almas frias. Gente desprovida de coração?</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Mais do que escrever textos bonitos de histórias bonitas da vida dos outros que em nada me pertencem, hoje olhei para mim, mais que olhar, observar com olhos de ver. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Todos nascemos prontos para amar, para ser amados, como instinto natural e saudável de todo e qualquer ser humano... Amamos os pais, como primeiro elemento de referência, mais tarde um amor diferente pelos amigos que fazemos na escola, nos escuteiros, em todo e qualquer lado, para posteriormente vivenciarmos o sentimento do amor propriamente dito por alguém em particular.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Alguns da espécie deterioram-se, perdem a capacidade de amar, tornam-se frios, insensíveis e quase inquebráveis. Onde fica o amor? Quando é que realmente se autorizam os fracos a mostrar os seus verdadeiros sentimentos? Será que estes ainda existem em qualquer canto fechado da sua estranha forma de ser?</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Sinto-me forte dia após dia... sinto-me imbatível, inquebrável... nada me abala... e o sorriso esse é sempre o mesmo, sempre igual, sem brio, sem vontade, mas também sempre convincente que tudo está bem. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">É fantástica a sensação de mostrarmos aos outros o sorriso, de deixar escapar gargalhadas, que muitas vezes são as lágrimas que queremos deixar fugir, mas ficam retidas e presas nas profundezas do nosso ser. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Quantas lágrimas já teriam caído?</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Ouvir as palavras mais duras e acenar com a cabeça, sorrir e mais uma vez... sorrir...</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Talvez apelidada de alma fria, insensível, revoltada, alheia ao que de mal me possam fazer e aceitá-lo sempre, como se de uma banalidade se tratasse. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Masoquismo? Talvez... Porém o que fazer quando nos proíbiram de sentir? E quando nós próprios nos proíbimos a arriscar e quem sabe a ser felizes ou a sofrer?</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Tão forte e ao mesmo tempo tão fraca e a viver de uma felicidade ilusória que na realidade peço todos os dias para que não acabe... </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Opto por viver no sonho...</span> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">* Um texto dedicado ao meu pai e a outra pessoa da minha vida *</span></div>Chibiusahttp://www.blogger.com/profile/06350099448983853200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2171512953445239881.post-48561999173057426372009-05-14T19:36:00.003+01:002009-05-14T19:56:04.571+01:00Distúrbios de uma louca (part 1)<a href="http://3.bp.blogspot.com/_8P89yZ_fqu8/SgxpF-PhLyI/AAAAAAAAACA/3GyYFdidWtQ/s1600-h/Gothic+(4).jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5335755209855545122" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 161px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_8P89yZ_fqu8/SgxpF-PhLyI/AAAAAAAAACA/3GyYFdidWtQ/s200/Gothic+(4).jpg" border="0" /></a><br /><div>Riscava furiosamente os papéis, uns atrás dos outros, tinta negra para definitivamente apagar o que fora escrito sem alma, sem sonhos, sem vontade. Negra, tão negra como a minha alma, as profundezas do meu ser, no delinear de um sorriso que eu não conhecia, que se rasgava na face, um sorriso, um misto de dor e esquizofrenia em mim. Nunca antes sorrira assim, com tanta vontade e tanta maldade.<br />Mas os riscos não pararam, a mão pequena e tensa tornou desconcertante o pedaço de papel que cedia a pouco e pouco, ao passo que o meu ser se dilacerava com ele.<br />Denoto um certo masoquismo, uma certa vontade e gozo de me perder, de cortar e desfazer o papel em pedaços, e eu? Oh frágil boneca de porcelana... Que vales tu? Desprovida de alma, desprovida de querer, de sonhar e viver. Um simples acidente e num colidir de segundos, pedaços do que foram uma alma, bocados de sonhos, vontades perdidas no tempo e uma vida que agora conhecia a morte. Também eu sou papel.</div><div> </div><div>To be continued (...or not)</div>Chibiusahttp://www.blogger.com/profile/06350099448983853200noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2171512953445239881.post-24222803251242791972009-05-13T23:57:00.004+01:002009-05-14T00:19:39.148+01:00Ausência<a href="http://1.bp.blogspot.com/_8P89yZ_fqu8/SgtVhSr25VI/AAAAAAAAABw/16HJTvgirps/s1600-h/v.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5335452213990319442" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 165px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_8P89yZ_fqu8/SgtVhSr25VI/AAAAAAAAABw/16HJTvgirps/s200/v.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/_8P89yZ_fqu8/SgtU5wIgnNI/AAAAAAAAABo/fPbXUTo7jno/s1600-h/v.jpg"></a><br /><br /><div><span style="font-family:verdana;">A ausência é tudo o que tenho, tudo o que me deixaste, nem o sonho, sequer réstias de memória. </span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">É uma bênção a capacidade de abstracção da mente humana. A convicta e mesmo frágil sensação que guardamos na mente o que deve ser guardado, e que recalcamos o que tem de ser esmagado e apagado por aquilo a que cientificamente chamamos "cérebro", e aquilo a que o senso comum denomina pensamento. </span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Tu foste arremessado rapidamente para o fundo do icebergue, o que ficou submerso, de tal forma que mal consigo recordar aqueles momentos, aqueles locais, tempos, palavras... Nunca o toque que me fazia delirar, nunca o cheiro que me estonteava a alma, nunca o beijo que me dava acesso directo ao que Adão e Eva conheciam como Paraíso. </span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">O que é o Paraíso, senão um mito dos livros? Assim como apareceste, foste embora... Uma bonita realidade sucumbiu no mais enfermo e doentio delírio... </span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Hoje eu digo, com uma lágrima à espreita, como fazia em criança à porta do quarto dos meus pais "Não passou de um sonho mau".</span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Joana Neves</span></div><br /><br /><div align="justify"></div><span style="font-family:Verdana;"></span></div>Chibiusahttp://www.blogger.com/profile/06350099448983853200noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2171512953445239881.post-47068646589978680292008-12-21T23:40:00.005+00:002008-12-22T00:06:38.903+00:00Despedia-me...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_8P89yZ_fqu8/SU7ZONhilEI/AAAAAAAAAAw/56GXFn17yl8/s1600-h/Porto.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_8P89yZ_fqu8/SU7ZONhilEI/AAAAAAAAAAw/56GXFn17yl8/s320/Porto.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282398251123905602" /></a><br /><p><span style="font-family:verdana;">Da ponte escura e velha,</span></p><p><span style="font-family:verdana;">Despedia-me de uma terra,</span></p><p><span style="font-family:verdana;">que não era a minha.</span></p><p><span style="font-family:verdana;">A neblina pairava sob o rio.</span></p><p><span style="font-family:verdana;">A escuridão envolta das casas.</span></p><p><span style="font-family:verdana;">As mães chamavam seus filhos</span></p><p><span style="font-family:verdana;">que jogavam à bola na rua...</span></p><p><span style="font-family:verdana;">As varinas recolhiam as bancas</span></p><p><span style="font-family:verdana;">os pescadores retornam da lida</span></p><p><span style="font-family:verdana;">O vento desassogava</span></p><p><span style="font-family:verdana;">as almas mais serenas</span></p><p><span style="font-family:verdana;">A chuva caía timidamente,</span></p><p><span style="font-family:verdana;">e eu... despedia-me.</span></p><p><span style="font-family:verdana;">A chuva trespassava</span></p><p><span style="font-family:verdana;">a camisa molhada.</span></p><p><span style="font-family:verdana;">a temperatura descia,</span></p><p><span style="font-family:verdana;">o corpo tremia....</span></p><p><span style="font-family:verdana;">Que importa o frio?</span></p><p><span style="font-family:verdana;">A chuva?</span></p><p><span style="font-family:verdana;">Além deles o que me acompanha?</span></p><p><span style="font-family:verdana;">A triste e inglória solidão...</span></p><p><span style="font-family:verdana;">Mais uma vez, observava,</span></p><p><span style="font-family:verdana;">Mais uma vez, me apaixonava,</span></p><p><span style="font-family:verdana;">Mais uma vez, me despedia...</span></p><p><span style="font-family:verdana;">Por isso, </span></p><p><span style="font-family:verdana;">Deixei a chuva beijar-me a face</span></p><p><span style="font-family:verdana;">Deixei que o vento me envolvesse</span></p><p><span style="font-family:verdana;">um abraço e despedi-me...</span></p><p><span style="font-family:verdana;">Porque agora era fácil, </span></p><p><span style="font-family:verdana;">Passo a passo, </span></p><p><span style="font-family:verdana;">Os segundos fugiam, os últimos...</span></p><p><span style="font-family:verdana;">Sem hesitações, sem recuos,</span></p><p><span style="font-family:verdana;">Soltei as mãos, deixei-me cair,</span></p><p><span style="font-family:verdana;">O frio apoderou-se do corpo...</span></p><p><span style="font-family:verdana;">As estrelas desapareceram...</span></p><p><span style="font-family:verdana;">Fechei os olhos e </span></p><p><span style="font-family:verdana;">tornei-me água...</span></p><p><span style="font-family:verdana;">* Desconhecido 21/12/2008 *</span></p>Chibiusahttp://www.blogger.com/profile/06350099448983853200noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2171512953445239881.post-8646818700352349342008-12-11T01:18:00.002+00:002008-12-11T01:21:35.241+00:00<a href="http://2.bp.blogspot.com/_8P89yZ_fqu8/SUBrEEzDL-I/AAAAAAAAAAM/a_gINPT0Uuc/s1600-h/solidao.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278336481029730274" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 230px; CURSOR: hand; HEIGHT: 170px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_8P89yZ_fqu8/SUBrEEzDL-I/AAAAAAAAAAM/a_gINPT0Uuc/s320/solidao.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><br /><span style="font-family:arial;">Chegou a hora...<br />Desejava ansiosamente ficar... ali, sozinha... Num sítio pouco ou nada conhecido. Os segundos passavam, os minutos fugiam à velocidade da luz por entre os dedos e o tempo esgotava-se como quando se esgotam os bilhetes para aquele grande espectáculo que tanto ambicionámos assistir...<br />Sabia que o minuto a seguir podia ser o último, era apenas uma questão de sorte? Ou talvez seja mais adequado dizer "destino"? Mas que importava isso?<br />Esta extasiante utopia estava prestes a terminar, e olhar-te era cada vez mais delicioso, cada vez mais um desejo, cada vez mais um suplício de te ter perto, de sentir aqueles escassos abraços repletos de timidez.<br />A cada olhar sentia o desejo, não o desejo físico, não aquela atracção que sentimos pelo que é vulgamente "bonito", mas sim a vontade de recuar no tempo e poder parar os relógios nos poucos momentos em que nos foi possível estar juntos.<br />Na memória levo-te o olhar, levo os abraços, os beijos e mais do que tudo um sentimento de saudade que me corta a alma em pedaços, o que de mais profundo tenho em mim.<br />Chegou o momento! O destino não me deu mais de 20 minutos para contemplar o teu olhar, os teus gestos e toda a magia que te envolve... sabia que ia ser a última vez... com uma certeza irreversível e triste...<br />Despachei a bagagem e olhei-te uma última vez, novamente aquele olhar meigo, carinhoso, daquele que me protege, daquele que move rios e montanhas para me fazer rir.<br />Era a ultima vez que ia ver esse ter olhar e a consciência, nestes momentos, pesa toneladas e deixa-nos como que a viver numa outra realidade paralela à que conhecemos. Era isso que sentia, como se estivesse a fugir da realidade, do sonho e a conhecer esse teu lado preferido, aquele lado que também eu aprecio em mim, às vezes... A capacidade de ignorar, de matar acontecimentos e sentimentos, como quem mata um mero insecto, sem olhar para trás, sem pensar duas vezes...<br />Agora é só isso que nos resta, meu amor, convencermos os outros e especialmente a nós mesmos de que o que vivemos foi um acto não reflectido e não sentido.<br />Olhei-te uma última vez para ver esse brilho, o brilho que se iria perder para sempre, aos meus olhos... Ia conhecer aquele teu outro "eu" que de uma ou outra forma me iria magoar.<br />Guardei o brulho e levei o presente na memória e daí nunca mais poderá sair. Mesmo longe vou continuar a recordá-lo, até ao dia em que, tal como tu, acredite que o que vivemos foi um erro, foi simplesmente o resultado de uma carência acumulada ou de alcóol a mais a percorrer o nosso corpo. Depois de ter partido, só posso pedir-te que sejas o mesmo que eras antes destes dias, mais não irei pedir.<br />Com saudades da tua sempre amiga,<br />Catarina 8/12/1982<br /></span></div>Chibiusahttp://www.blogger.com/profile/06350099448983853200noreply@blogger.com1